A variação de 1,37% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em junho, acima do esperado, levou o mercado a aumentar suas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) no ano. Passou de 2,2% para 2,4%, na comparação com o levantamento realizado em 15 de julho. O IBC-Br é considerado uma “prévia” do PIB oficial, calculado pelo IBGE. Segundo analistas, o avanço em junho confirmou a percepção de que os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul sobre a atividade foram menos intensos do que o esperado.
Esse cenário de aquecimento da economia, com possível pressão sobre a inflação, também reforçou em parte do mercado a avaliação de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central poderá retomar o ciclo de alta da Selic (a taxa básica de juros) ainda neste ano. Alterando a trajetória da Selic de 10,50% a.a. para 11,25% a.a. Uma expectativa de alta de 0,75% a.a. O mercado antevê o início da alta de juros já na próxima reunião do Copom, em setembro, com três elevações de 0,25 ponto porcentual até o fim do ano.
Mohamad Talah Junior
Economista – Grupo Credex