Como já era esperado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo−15 (IPCA-15) considerado a prévia da inflação oficial no país, subiu 0,19% em agosto, após alta de 0,30% em julho, informou nesta terça-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar dos preços dos combustíveis ainda terem sido o vilão do período, já há uma clara desaceleração inflacionária surgindo no cenário. (A gasolina foi a principal influência individual para a alta do IPCA-15 em agosto, com variação de 3,33% e impacto de 0,17 ponto percentual.).
Com o dado de agosto, o IPCA-15 acumula alta de 4,35% em 12 meses. Até agora, o resultado em 12 meses era de 4,06%. Já o resultado acumulado do IPCA-15 no período de janeiro a agosto de 2024 atingiu 3,02%. Foram observadas desacelerações nas variações de preços na passagem entre julho e agosto em alimentação e bebidas (de -0,44% para -0,80%); habitação (de 0,49% para 0,18%); transportes (de 1,12% para 0,83%); e saúde e cuidados pessoais (de 0,33% para 0,27%).
Por outro lado, foram observadas taxas maiores em artigos de residência (de 0,24% para 0,71%); vestuário (de -0,08% para 0,09%); despesas pessoais (de 0,32% para 0,43%); e educação (de 0,06% para 0,75%). A alta do grupo comunicação, por sua vez, ficou estável: foi de 0,09% em julho e 0,09% em agosto.
Mohamad Talah Junior
Economista – Grupo Credex