Nova ministra foi investigada por esquema que custou R$ 17 mi a MG

Macaé Evaristo foi alvo de 15 ações do Ministério Público enquanto esteve à frente da Secretaria de Educação de Minas Gerais.

Macaé Evaristo tem uma longa trajetória na vida pública, iniciando sua carreira em 2005 como Secretaria de Educação da Prefeitura de Belo Horizonte durante a gestão de Fernando Pimentel (PT). No ano de 2015, ao ser nomeada como Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais, cargo que ocupou até 2018, Evaristo se deparou com uma série de controvérsias.

Durante sua gestão na Secretaria de Educação do Estado, a administração de Macaé Evaristo foi alvo de investigações pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que levantou 15 ações por improbidade administrativa. Um dos focos da investigação foi a edição de uma licitação para a aquisição de carteiras escolares em um modelo alternativo ao anteriormente praticado pelo estado.

Enquanto o modelo anterior previa a compra de kits de cadeiras dos produtores locais, no novo modelo, contratos foram estabelecidos com empresas de outros estados a preços significativamente mais altos. A investigação apontou que os contratos superfaturados totalizaram R$ 8,2 milhões, acarretando perdas estimadas em R$ 17 milhões e uma potencial perda de arrecadação de aproximadamente R$ 30 milhões em ICMS.

Ação do Ministério Público e Implicações

O MPMG também destacou que durante o processo de licitação, uma unidade técnica do Tribunal de Contas do Estado apresentou um parecer apontando irregularidades nas aquisições. Apesar de uma recomendação do Ministério Público para suspender o prosseguimento do pregão, a secretaria continuou com o processo, o que levantou ainda mais suspeitas sobre a gestão de Evaristo.