Faleceu em Curitiba nesta segunda-feira, aos 99 anos, o novelista curitibano Dalton Trevisan, o maior nome da literatura paranaense e nacionalmente conhecido por obras despudoradas e narrando a sexualidade das meninas curitibanas. O corpo de Dalton Trevisan vai ser cremado nesta terça-feira e o velório será apenas para familiares próximos, na tarde de ontem, um carro funerário parou na residência do escritor, na Dr. Muricy, nas proximidades da Praça Zacarias, no coração de Curitiba.
A morte de Dalton Trevisan foi confirmada apenas às 23h40 com a seguinte mensagem: “todo vampiro é imortal. Ou, ao menos, seu legado é. Dalton Trevisan faleceu hoje, 09 de dezembro de 2024, aos 99 anos”. O escritor paranaense nasceu em 14 de junho de 1925 e por muitos anos morou nas esquinas da Rua Ubaldino do Amaral com Aminthas de Barros, local onde a Prefeitura de Curitiba deveria tombar a residência para transformar em museu e um centro de peregrinação de jovens escritores.
As imagens mais marcantes de Dalton Trevisan foram tiradas na metade dos anos 80 pelo fotógrafo Nani Góis, no Passeio Público, local que por muitos anos ele fez jogging. Dalton Trevisan influenciou o rock curitibano dos anos 80, a coletânea Cemitério de Elefantes, obra de 1964, serviu de inspiração para revelar bandas como Ídolos de Matinée, Pós Meridion, Beijo AA Força e Bons Garotos Vão Para o Inferno; Contos Eróticos, de 1984; A Poloquinha, de 1985; Morte na Praça, de 1964 e Novelas nada Exemplares, de 1959.
A fama do escritor curitibano foi com o livro “O Vampiro de Curitiba”, de 1974, e que também virou título de outra coletânea dos nos anos 80 com bandas como Tessália e O Corte, entre outras.